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Por que as dores aumentaram durante a pandemia?

Por que as dores aumentaram durante a pandemia?

Pesquisa da UFMG, Unicamp e Fiocruz mostra que o percentual de pessoas com dores na coluna subiu de 18%, antes da pandemia, para 41% em outubro de 2020

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Pesquisa da UFMG, Unicamp e Fiocruz mostra que o percentual de pessoas com dores na coluna subiu de 18%, antes da pandemia, para 41% em outubro de 2020

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Por que as dores aumentaram durante a pandemia?

Por que as dores aumentaram durante a pandemia?

Pesquisa da UFMG, Unicamp e Fiocruz mostra que o percentual de pessoas com dores na coluna subiu de 18%, antes da pandemia, para 41% em outubro de 2020

Você deve conhecer alguém ou já ouviu falar de pessoas que passaram a sentir mais dores durante a pandemia, principalmente na coluna ou nas articulações. Em muitos casos, isso ocorre porque, durante o home office, passamos a ficar muito mais horas em frente ao computador e grudados ao celular, nem sempre na posição correta. Como muitas pessoas improvisaram seu ambiente de trabalho, há quem não tenha uma cadeira, apoio para os braços e pés adequados para exercer suas atividades. Isso sem contar as atividades domésticas que se intensificaram nesse período.

Uma pesquisa divulgada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Unicamp e Fiocruz, em outubro de 2020, apontava que, antes da chegada do coronavírus ao Brasil, 18% da população reclamava de problemas na coluna. No período em que a pesquisa foi conduzida, 41% apresentavam dores. Além de passar mais tempo em casa, muitos brasileiros deixaram de praticar atividades físicas, principalmente no período mais crítico da pandemia, e alguns simplesmente pararam os exercícios desde o início dos primeiros casos da doença no País.

De acordo com o levantamento, 36% da população praticava atividade física regularmente. Com a pandemia, o percentual caiu para menos da metade, o que compromete a saúde e qualidade de vida. Atualmente, os exercícios físicos bem orientados são uma das soluções indicadas para pacientes com problemas ortopédicos, como hérnia de disco. Ela surge quando os discos intervertebrais desgastam e saem da posição normal, comprimindo as raízes nervosas que emergem da coluna. É mais frequente nas regiões da lombar e cervical – áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.

Além dos problemas posturais, as dores pelo corpo podem ter origem emocional. São as doenças psicossomáticas, que apresentam sintomas físicos não revelados em exames laboratoriais. Mesmo sendo um quadro comum entre pessoas ansiosas, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em maio de 2020, mostrou que cerca de 89% dos 400 psiquiatras destacaram o agravamento dos quadros de saúde mental em seus pacientes por causa da pandemia. Nesses casos, as pessoas relatam dores físicas, que muitas vezes se confundem com os sintomas da própria Covid-19, porém sem confirmação do diagnóstico.

 

Dor crônica

Os impactos trazidos pela pandemia se refletem também no aumento de relatos de dores crônicas em consultórios e hospitais, tanto de pessoas que foram infectadas pelo coronavírus quanto de pacientes que não tiveram contato com a doença. E por que isso acontece?

Segundo especialistas, os pacientes que se infectaram com Covid-19 têm uma incidência maior de dores como cefaleias, dores musculares e neuropatias. Em alguns casos, são necessários alguns procedimentos intervencionistas para minimizar os sintomas.

Já os pacientes que não foram infectados descrevem episódios de distúrbios do sono, estresse e sofrimento emocional. Neste grupo, alguns desenvolvem dores crônicas por situações oriundas do home office, da sobrecarga de atividades pessoais e profissionais, além da interrupção de atividades físicas, como relatamos anteriormente.

Independente do grau de dor, é importante que as pessoas busquem um especialista para verificar a origem do problema. Mesmo em casos de doenças psicossomáticas, os pacientes devem ser orientados sobre a melhor maneira de lidar com essa situação, evitando que ela se torne crônica. Em alguns casos, a terapia pode ser uma iniciativa complementar ao tratamento clínico, garantindo mais qualidade de vida ao combinar saúde física e mental.

Referências:

1. https://www.medicina.ufmg.br/estudo-mostra-que-dores-na-coluna-aumentaram-muito-durante-a-pandemia/
2. https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/10/03/brasileiros-reclamam-do-aumento-de-dores-pelo-corpo-durante-a-pandemia.ghtml
3. https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-12/estudo-diz-que-pandemia-fez-crescer-casos-de-doencas-psicossomaticas
4. https://www.abp.org.br/post/atendimentos-psiquiatricos-no-brasil-sofrem-impacto-da-pandemia-de-covid-19
5. https://portalhospitaisbrasil.com.br/dor-cronica-e-covid-19-muitas-duvidas-e-poucas-certezas/

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